sábado, 25 de junho de 2011

(Re)começar

Fecho hoje um longo capítulo na minha vida. Um capítulo atribulado, com muitas quedas, tropeções, mas também algumas vitórias. Um período conturbado onde grande parte da culpa foi minha. Não fui o ideal de pessoa. Errei, se calhar mais do que as pessoas comuns, se calhar mais do que devia. Mas posso hoje orgulhosamente afirmar que com todos os meus erros aprendi, e como tal, não me arrependo deles, pois não foram, de todo, inúteis.
Fui rebelde, precipitada, orgulhosa. Pus, como diz o povo, o carro à frente dos bois por diversas vezes, magoei quem não devia, incluindo a mim mesma. Mas cresci. Muito além do meu metro e oitenta, hoje sou uma menina mulher.
Talvez o que digo soe a falsa modéstia, soe convencido, mas é verdadeiramente o que sinto e quando me comparo com algumas pessoas até mais velhas do que eu, tenho certeza absoluta da veracidade do que estou a dizer.
Apesar de ter errado, nem tudo foi consequência dos meus actos; a minha vida não foi fácil. Ainda bem. Hoje vejo que quem tem a vida facilitada não desenvolve carácter. Quem tem sempre a saia de alguém para se esconder não se sabe safar sózinho e não desenvolve vontade própria. Daí que, apesar de em certas alturas o Universo ter sido um tanto cruel comigo e eu não ter, na altura, entendido porquê, hoje agradeço por ter sido assim. Tudo tem uma razão de ser, nós é que nem sempre sabemos esperar para a descobrir.
Adiante...
Hoje tenho 24 aninhos. Sou ainda uma bebé no turbilhão da vida, mas já com uma bagagem considerável.
Sou mãe. Amo o meu filho tanto que faz doer. Tenho pânico de não estar à altura das suas exigências e necessidades, medo de um dia já não estar cá e ele ainda precisar de mim. No entanto, faço os possíveis para que aqui e agora ele sinta que ele é a luz na vida da mãe e que eu sou capaz de virar o mundo do avesso por um sorriso dele.
Foi uma gravidez de risco, bastante complicada a nível físico como psicológico. Mas venci;vencemos!! E hoje tenho um filho saudável e inteligente, peste e meigo para me provar que valeu bem a pena o sofrimento, o medo, as lágrimas e as dúvidas.
Durante todo o meu percurso de vida, sempre fui abençoada com boas amizades. Amizades que se perpetuaram até aos dias de hoje. Da multidão de pessoas que eu conheci, posso orgulhar-me de ter conseguido manter as que interessam na minha vida, acarinha-las e ser acarinhada por elas; porque sem dúvida foram, são e serão sempre um bom suporte na minha vida, um porto seguro na tempestade e uma praia paradisiaca nos dias de Sol.
Apesar de todo o meu discurso otimista e cheio de amor próprio, eu nem sempre fui assim. E tive ajudas preciosas no processo de, como alguém diz, recuperação.
Já fui além do que todos consideram aceitável, já estive nos dois extremos da vida, sou amada por uns, odiada por outros, indiferente a alguns e invejada por outros tantos. Sou eu.
Hoje vou começar uma nova vida. Ao lado da pessoa que me fez sentir o verdadeiro amor em todos os sentidos. Ao lado de alguém que me dá valor, me chama a atenção quando é necessário mas que acima de tudo, para o bem ou para o mal, está lá para mim e para o meu filhote, hoje e sempre.
Para muitos vou cometer uma loucura, para outros é indiferente, mas para aqueles que importam... Eu vou é cuidar da minha vida e ser feliz! E sinceramente?! Já vou é tarde!!!!!!

quinta-feira, 16 de junho de 2011

A ti...

... que és amado desde o momento em que tomei conhecimento da tua existência dentro de mim. A ti que me fazes sentir que sou capaz de mover o mundo pelo teu sorriso. Que me dás a felicidade plena e inigualável a cada abraço. Que me dás a provar o pior dos desesperos quando não estás bem. A ti, meu filho, eu agradeço e juro amor eterno.
És-me tudo. Acima de ti nem Deus. É por ti que vivo, para ti que existo. Teremos uma ligação, mágica e indestrutível, para o resto das nossas vidas. Aconteça o que acontecer, seremos sempre mãe e filho.
Passei muitos maus bocados, meu anjinho, para que nada te faltasse. Mas não me arrependo. Passaria por tudo outra vez ou pior ainda. Não pediste para nascer, e se eu te trouxe ao mundo, tudo farei para que sofras o mínimo possível respeitando sempre, no entanto, a tua liberdade.
Quero ser mais que uma mãe. Quero ser uma mãe, uma amiga, uma confidente, uma companheira.... Um porto seguro onde te possas abrigar, aquela que te aplaude de pé e na primeira fila, aquele que ergue a taça e festeja contigo, meu amor....
és tudo, és vida em mim e eu estarei sempre, total e incondicionalmente, aqui para ti. Para tudo.
Talvez um dia mais tarde percebas as controvérsias do teu nascimento e o porquê da mamã lutar sozinha, mas independentemente de tudo isso, meu amor, quero que sejas feliz e te sintas amado, porque és o bebé mais amado de todos os tempos.
Amo-te filhão!!

A ti...

... que me olhas nos olhos quando dizes que me amas. Que me abraças como se não existisse mais amanhã. Que me tocas e acaricias a cada dia como se fosse o primeiro. Que enfrentas o mundo por mim. Que me defendes dos que odeias e dos que amas.
A ti, que dás um novo sentido à minha vida, que tratas uma humilde plebeia como se de a mais nobre rainha se tratasse, que não desistes, que apoias e acarinhas...
A ti eu agradeço.
Por me fazeres tão feliz, por me obrigares a acreditar em mim, por lutares a meu lado, chorares comigo, gritares ao mundo que estamos juntos e que é para valer.
Quero dar-te tudo de mim. Quero ser mais e melhor, por e para ti.
Sou difícil. Orgulhosa, teimosa, chata como tudo, às vezes amuo, outras dramatizo e levo o exagero ao extremo... Sou pessimista e nem sempre vejo as coisas com a clareza que deveria ver.
Mas à parte de tudo isto, sou uma mulher com sede de amar e ser amada, com desejo de me tornar uma dona de casa dedicada ao lar e aos filhos, e estou certa de que ao teu lado tudo isto vai ser possível e gratificante.
Correndo o risco de soar lamechas, eu agradeço-te por dares cor a minha vida e por seres o Homem que eu sempre quis ao meu lado, e que achei que já não ia encontrar.
Pensem o que pensarem, digam o que disserem, eu amo-te e sou, pela primeira vez da minha vida, feliz no verdadeiro sentido da palavra, e quem me rodeia e realmente me conhece dá conta disso.
Obrigada, meu amor!

sexta-feira, 10 de junho de 2011

O Amor e eu

´´Não tenho tudo o que amo, mas amo tudo o que tenho''

Sou feliz nas pequenas coisas.... No sorriso do meu filho, no ''amo-te'' do meu namorado, no abraço da minha Alma, na gargalhada que vem Just in Time... No sol a entrar pela janela, no calorzinho a bater nas costas na esplanada de um qualquer café, no aconchego dos cobertores, no obrigado da velhinha a quem cedi o lugar no autocarro... São as pequenas coisas da vida que me enchem a alma, que me acalentam o coração.
Não me reconheço. Positivamente falando. Aprendi a amar nas pequenas coisas. Aprendi que não importa o que os outros pensam de mim, porque não é neles que reside a minha felicidade! Eu tenho de bastar-me a mim mesma.
Não imagino a minha vida sem Amor. Seja ele do homem que tenho comigo, dos meus amigos verdadeiros ou das pessoas que estão no meu coração por este ou aquele motivo. Mas hoje dou-me valor e confio em mim.
Agradeço a todas as pessoas que vivenciaram e incentivaram a minha mudança. Cada um deles teve um papel de extrema importância. Agradeço ao Universo, a Deus ou chamem-lhe o que quiserem por todas as dádivas que tenho tido. Coisas que antes que me passavam ao lado, agora preenchem a minha vida, coisas que me entristeciam, agora nem me lembro delas.
Mas foi positivo. Tenho uma relação bem mais próxima como Amor em todas as suas formas e amplitudes. Tenho a vida preenchida de pequenas grandes coisas e de pequenas grandes pessoas, e na minha pequenez sou feliz.
Obrigada!

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Sinceramente....

Sinceramente...

Acertaste, mesmo, quando me encontraste.
O meu coração estava vazio, ferido, desiludido... Prestes a fechar-se para toda e qualquer manifestação de carinho.... Estava desacreditada de todas as formas de amor, vazia, perdida....
Num timming mais que perfeito, a vida, Deus, o Universo ou chamem-lhe o que quiserem pôs-te no meu caminho, e mostrou-me que ainda há mais um motivo, mais um sorriso, mais um sexo, mais uma entrega.... Mais planos para efectivar, outros tantos para falhar, mais lágrimas, mais discussões, mais tréguas...
Mais uma vida além de todas as que já edifiquei e vi ruir, mais uma entrega além de todas as que falharam, mais dedicação além de toda a que dei e vi ignorada...
Não sei como nem porque, mas transmites-me uma segurança assustadoramente imensa, um carinho imensamente desconhecido, um vislumbre de futuro surreal e desconhecido. Não tenho medo de me vir a enganar ou desiludir outra vez. Essa certeza cega sim, assusta, mas tudo o que há de positivo em nós faz-me esquecer o resto...
Por tudo isto e muito mais.... Acertaste!

segunda-feira, 28 de março de 2011

Sonhos feitos de nós

Imagino...
A sala em estilo oriental,a cozinha impecavelmente limpa,com azulejos de um branco imaculado...
O quarto com a cama enorme,o roupeiro embutido,o espelho...
Na casa de banho a minha escova de dentes ao lado da tua,o meu shampoo ao lado do teu...
Nas fotos espalhadas pela casa,o reflexo do que somos e sentimos,do que nos une.
E quando abro os olhos e vejo que nesta realidade se confina apenas e somente à minha imaginação,inicialmente sofro,dói um pouquinho...
Mas depressa esqueço,porque o amor tem que falar mais alto.
Porque não há condicionantes que o possam enfraquecer ou limitações que o possam encurralar.
Porque um olhar diz tudo,um beijo é mágico,um toque é tudo o que é necessário para o mundo deixar de existir...
Porque te amo.
Muito.
De corpo,de coração e,pela primeira vez,de alma.
Porque me completas em todos os sentidos.
Não és metade...és inteiro!
Não és ausente,até mesmo na distância.
E eu sou feliz.
Mesmo assim,sou feliz.
E tu sabes!
Tu sentes!
E eu também...

Acredito...

Eu acredito em ti.
Quando me dizes amo-te só com o olhar.
Quando me dizes que te faço falta só pelo teu toque.
Quando o teu beijo me sussurra na alma o teu receio de me perder.
Acredito em ti quando me abraças e sinto que me queres do teu lado.
Já não tenho medo de acreditar.
Não tenho medo das circunstâncias nem das consequências,das limitações ou das censuras.
Já não me interessa nada disso.
Só me interessa mostrar-te que também te amo muito,da forma mais intensa e pura que alguma vez conheci.
Que o amor que sinto por ti atenua saudades,apaga receios e destrói desconfianças.
Quero que leias em mim que te quero,que não me importa idades,estados ou distâncias.
Quero continuar a olhar para ti e a tudo dizer sem sequer abrir a boca.
Não sei o futuro.
Não sei o que nos vai acontecer...
Mas sinceramente?
Mesmo que pudesse,não queria saber!
Porque não sei se o futuro é contigo,apesar de desejar muito que assim seja...
Sei o presente.
E esse é contigo!

domingo, 6 de março de 2011

Sim, é possível

É possível.
Falar com o olhar. Mimar com um simples respirar. Gritar na intensidade de um beijo. Gemer a cada toque. Esquecer o mundo, parar o tempo e amar.
É possível.
Que um olhar diga mais que mil palavras, que um beijo provoque orgasmos, que um abraço apague as mágoas e que um sorriso seja a maior relíquia.
É possível.
Dizer amo-te com a alma sem mexer os lábios, dizer quero-te com o olhar sem produzir uma réstia de som...
Contigo... é possível!
Não sinto necessidade de falar porque nos nossos silêncios tudo se diz. Tu chamas-lhe falta de abertura, eu chamo-lhe plenitude.
É possível mostrar que te quero sem dizer uma palavra, tocando-te, puxando-te para mim. Tu chamas-lhe vergonha, eu chamo-lhe cumplicidade.
É possível fazeres-me esquecer do mundo e das barreiras que nos separam e ser eu, feliz, solta,simplesmente dar o que sou sem medos. Tu chamas-lhe ilusão, eu chamo-lhe Amor!

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Português/Inglês Hurts- wonderful life

Videoclip






Numa ponte do Rio Severn numa noite de sábado
Susie conhece o homem dos seus sonhos
Ele diz que ele se meteu em encrenca e se ela não se importa
Ele não quer companhia

Mas há alguma coisa no ar
Eles compartilham um olhar no silêncio e tudo fica entendido
Susie agarra no seu homem e aperta a sua mão
Enquanto a chuva põe um lágrima no olho dele

Ela diz: não solte
Nunca desista, é uma vida tão maravilhosa
Não solte
Nunca desista, é uma vida tão maravilhosa

Dirigindo pela cidade até estação do templo
Chora no banco de couro
E Susie sabe que ele era um homem de família
Mas o mundo o fez ficar de joelhos

Então ela o joga na parede e os beijos queimam como fogo
E de repente, ele começa a acreditar
Ele a pega nos braços, e ele não sabe o porquê
Mas ele acha que começou a ver

Ela diz: não solte
Nunca desista, é uma vida tão maravilhosa
Não solte
Nunca desista, é uma vida tão maravilhosa

Ela diz: não solte
Nunca desista, é uma vida tão maravilhosa
Não solte
Nunca desista, é uma vida tão maravilhosa

Ela diz: não solte
Nunca desista, é uma vida tão maravilhosa
Não solte
Nunca desista, é uma vida tão maravilhosa

Vida maravilhosa, vida maravilhosa, maravilhosa

Não solte
Não solte






On a bridge across the seven on a saturday night
Susie meets the man of her dreams
He says that he got in trouble and if she doesn't mind
He doesn't want the company

But there's something in the air
They share a look in silence and everything is understood
Susie grabs her man and puts a grip on his hand 
As the rain puts a tear in his eye

She says don't let go
Never give up, it's such a wonderful life
Don't let go
Never give up, it's such a wonderful life

Driving through the city to the temple station
Cries into the leather sea
And Susie know the baby was a family man
But the world has got him down on his knees

So she throws him at the wall and kisses burn like fire
And suddenly he starts to believe
He takes her in his arms and he doesn't know why
But he thinks that he begins to see

She says don't let go
Never give up, it's such a wonderful life
Don't let go
Never give up, it's such a wonderful life

Don't let go
Never give up, it's such a wonderful life
Don't let go
Never give up, it's such a wonderful life

She says don't let go
Never give up
Don't let go
Never give up, it's such a wonderful life

Wonderful life, wonderful life, wonderful, wonderful, wonderful life

Don't let go

Hey there!

Plan white T's - Hey there delilah

Quando ouvi esta música a primeira vez, derreti-me. Para quem não conhece, a música narra a persistência em amar de um rapaz que tem a sua cara-metade do outro lado do país, a estudar, a quem ainda faltam 2 anos para concluir os estudos.

'' Our friends will all make fun of us, but we'll just laugh alone because we know that none of them have felt this way''

'' Os nossos amigos vão fazer troça de nós, mas nós vamos rir-nos deles, porque sabemos que nenhum deles alguma vez se sentiu assim''

Esta frase, particularmente, chamou-me a atençaão. E agora cada vez faz mais sentido.
'' A thousand miles seems preety far but they've got planes and trains and cars and I'd walk to you if I had no other way..''


'' Mil milhas parece bastante distante, mas existem comboios, aviões e carros, e caminharia até ti se não tivesse outra alternativa''

Parece tudo demasiado fantasioso, não é? Como quem , ''sim, sim, se na vida real fosse assim...''. Mas pode ser. Comigo é. Não são quilómetros que nos separam, se calhar se fosse seria até bem mais fácil, mas acredito com todas as forças que um dia vamos rir-nos disto tudo. Sei que está errado criar expectativas, mas a verdade é que sinto que, no fundo, vai mesmo ser assim. Se calhar estou mesmo a sonhar e a achar que sinto, mas sinto e não posso fugir disso.Não fujas tu também...

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

C.D.M

Parece-me que o que vou escrever hoje não passa de C.D.M. (sigla para conversa de merda, que aprendi a escutar uma conversa de café entre 3 homens que viam futebol), mas ainda assim sinto vontade de escrever e vou fazê-lo.

Há muita coisa ainda por entender, ou como me dirias, muito trabalho de casa ainda por fazer. Eu sei. Mas também sei outras tantas coisas...

Sei o que sinto. Sei que nunca o senti antes. Sei que vale a pena. E sei que não o quero perder. Que o quero intensificar e partilhar contigo.

Explica-me...

De que serve abrir o coração e amar como se não houvesse amanhã se soubermos que há um amanhã e que não vai ser como hoje?

Para quê entregar-me sem medos, reservas ou pudor, se amanhã já não vale de nada?

Se é suposto pensar só no  momento e valoriza-lo, porquê estraga-lo com a sombra de que amanhã o que hoje consideramos especial será banal?

Sim, as barreiras existem e é bom termos isso em mente... Mas se um simples olhar as derruba, então para que lhes dar importância?

Eu venci o medo! E não quero pensar que não valeu a pena, que amanhã foi em vão...

Não sei se me entendes nem se me faço entender. Só sei que hoje amo e não te quero perder. Que o que hoje sinto não é superficial, não é à toa, e não pode morrer como se de um nada se tratasse. Eu sei que muitas vezes o universo decide por nós, mas eu também sou parte dele e se tenho livre arbítrio então também espero poder sentir livremente e escolher o que sinto. Quero continuar a amar-te como te amo. Sem sequer me lembrar do amanhã. é pedir demais?

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

(Des)medos...

baby... Can I hold you?

Já não tenho medo....

Já não tenho medo de olhar nos olhos até me perder sem vontade de me encontrar, já não tenho medo de fechar os olhos e sentir, sem pensar se é certo ou errado, sem pensar no que está para trás ou no que há-de vir.
Já sou capaz de me entregar sem medo nem reservas, sem pudores, vergonhas ou complexos...
Já me deixo levar pelo momento, já me desligo do mundo à minha volta, já viajo sem sair do sítio...
Inicialmente tinha medo de não valer a pena. De ser apenas mais um momento, mais uma viagem... Agora sei que não. Factos? Não tenho. Mas sinto. E tenho aprendido às minhas custas que muitas vezes, sentir é mesmo o melhor remédio. Nem tudo nos pode dar certezas absolutas. Mas às vezes, basta-nos sentir, e sentimos a segurança que procuramos nas certezas que nem sempre existem.
Como eu.
Nada está cientificamente provado, não há promessas, expectativas, planos... Mas eu senti. Venci o medo e deixei-me levar pelo que senti. E perdi-me onde não quero que ninguém me encontre. Não quero acordar se isto for um sonho, não quero perder se isto for uma guerra.... Só quero continuar a sentir-me assim, a ver o que vi, a sentir tudo o que senti. A ser feliz.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Tanto....

So much to say...

Sinto coisas que não sei se devia sentir, mas sabe-me tão bem que, muito sinceramente, não estou preocupada.
Quero deixar-me ir, deixar-me guiar não sei bem pelo quê... Fechar os olhos e não ouvir, não falar... só sentir. Quero esquecer o bom e o mau, o certo e o errado e apenas ser.
Sem limitações, dogmas ou imposições. Quero aquele bem-estar que de vez em quando consigo sentir, aquele desapego que de vez em quando me liberta.
Quero ceder às minhas tentações sem medo das consequências, quero entregar-me ao que me parece merecedor da minha entrega incondicional, quero dizer as palavras que a minha alma grita mas que a minha boca silencia.
Quero olhar nos olhos sem medo de me perder. Aliás, quero perder-me naquilo que ainda não conheço mas que de certa forma sinto que faz parte de mim.
Não sei se o que escrevo faz sentido, mas é o que eu sinto.
Não escrevo mais, but still... there's ''so much to say''

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

É (complexamente) simples

'' Ama-te. Gosta de ti. Dá-te valor. Acredita em ti. É simples!''

Eu já tive 1.80, 68kg e uma força de viver brutal. Achava que o ser considerada ''boa'', que o estar rodeada de gente e ser  cobiçada faziam de mim uma pessoa feliz. Achava que por ter mil olhos em mim onde quer que entrasse significava que era muito ''likeable'', era especial e gostava do que era.

Actualmente...

Tenho na mesma 1.80, 100kg,não gosto do que sou, não tenho auto-estima, acho que sou motivo de gozo onde quer que entre e que de ''likeable'' tenho absolutamente... nada!

No entanto... Alguém me disse que eu posso não gostar de fulano ou cicrano, afasto-me e pronto! No entanto, vou ter de me gramar para o resto da vida, e posto isto... para quê complicar?! E não é que ele tem razão??

Quando deprimo porque sou gorda, o mundo continua a girar, as horas passam, os minutos... indiferentes ao meu sofrimento! Quando entro num sítio onde todos dançam e se divertem e eu me inibo porque acho que vão gozar comigo, as pessoas divertem-se, convivem, fazem o que querem, completamente indiferentes ao meu complexo.
Eu sou assim. Não quer dizer que não me cuide, não quer dizer que não me preocupe, mas é uma perfeita estupidez eu me rejeitar! Eu sou eu. Sou bonita, interessante, sexy, divertida, inteligente.... Acreditem ou não, concordem ou não, eu sou eu e tenho valor pelo que sou. Tenho muito para dar, e dá-lo-ei a quem o quiser receber. Se dão valor ou não, isso já não é departamento meu!
E desde que decidi mudar de atitude e me valorizar, muitas tristezas, lágrimas e sofrimentos desapareceram. Estava céptica, mas a verdade é que resulta mesmo e só faz bem ter amor próprio e acreditar em nós mesmos.
Não me vou aqui armar em sei lá o quê e dizer que ''ah e tal, é fácil e rápido, é só acordar de manhã e pensar assim e já está!''
Não!

Eu mesma dou por mim ainda muitas vezes a deprimir por futilidades, mas a verdade é que quando paro para pensar, quando peso os dois pratos da balança, a vitória é notória.
Por isso...
'' Ama-te. Gosta de ti. Dá-te valor. Acredita em ti. É simples!''
Just like it!

sábado, 15 de janeiro de 2011

Momento, como te adoro!!

Gosto de olhar para trás e não me arrepender. Mas hoje não estou certa.
Achava que não era possível me arrepender de algo que foi bom; hoje sei que se calhar é. Digo se calhar porque não me arrependi, ainda, mas acho que me vou arrepender.(Estou armada em Maya)
Quite strange...
Sinto-me quase como uma criança com um chocolate de 20 quadradinhos na mão, mas que só está autorizada a comer um quadradinho, e tem de ficar, sentada, a olhar os restantes 19...
Mas a culpa é minha. E isso é o que ainda mais assusta porque se eu sei disso, então porque raio me meto eu na toca do lobo? Estúpida! Dizem vocês... Eu confirmo e assino por baixo. Ou não.
Acho que tenho de aprender a viver e desfrutar o momento. Hoje em dia fazer planos é o mesmo que assinar um atestado de sofrimento, e eu ainda não acordei a minha costela masoquista. Tantas vezes já os fiz, e tantas vezes já os vi desfeitos, que já devia ter aprendido a não seguir esse caminho. Estúpida! Outra vez...
Mas acho mesmo isso.
 Exemplo: um trabalho. Sim é muito bonito te dedicares ao que fazes, te entregares de corpo e alma, blá, blá, blá... Se tiveres que vir p'ra rua vens na mesma e o teu esforço caiu no mais gigante esquecimento.... chama-se memória selectiva...
Exemplo 2 : A vida amorosa. Adianta-te muito fazer planos, investir, mimar, pensar no futuro... Umas palavras depois e tudo está acabado e tu, além da dor de perder alguém que amas (sim, porque essa merda dói), acresces à tua dor a frustração de veres os teus planos irem por água abaixo.
Pergunta : não será então melhor viver o momento?
Não estou a dizer que seja fácil. Eu própria ainda me estou a habituar à ideia. Mas tem lógica. Se não pensas no dia de amanhã saboreias muito melhor o de hoje.
Esta a custar, mas eu hei-de lá chegar. Como diria um amigo meu : ''sou recuperável''. Perdi-me nas malhas do imposto e agora elas não me largam! (Teimosa, pah!)
Conselho : façam o mesmo. Vivam o momento. Não criem ilusões, não façam planos. Dói menos. Claro que vão passar por esta mesma fase estúpida que eu, em que tudo ainda é confuso e há uma grande discrepância entre o que se sente e o que se deve sentir, entre o que fazemos e o que sabemos que devíamos fazer. É difícil... Mas o fácil é para os fracos! Cá estarei para testemunhar o triunfo (ou não) desta nova (estranha) forma de vida!!!

Pedro Abrunhosa - Momentos

bah!



É esta a minha banda sonora. São 23h01. Tenho a cabeça a mil à hora. O meu filho dorme tranquilo, agarrado à almofada que coloquei estrategicamente no meu lugar, para que ele não se apercebesse que me levantei. Tenho roupa para estender, mas não me apetece. Sinto-me estranhamente bem. Como já não me sentia há algum tempo. Luto contra mim mesma, contra pensamentos futuristas e ilusões que já sei que não passam nem passarão disso mesmo. O raio do coração devia ter controlo remoto. Tornava tudo muito mais fácil.

BAH!

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

''the one''

Já tive homens lindos, feios, gorditos, magricelas, simpáticos, carrancudos.... Já amei. Muito. Até porque eu sou de trato muito fácil e dou-me rápida e facilmente demais. ''Sad but true''. Já quis casar (felizmente estou curada), já quis cometer loucuras, já cometi algumas, já chorei dias a fio, já me achei um lixo..... A questão é: para quê?
venço mais de que não há o ideal(era bom!). E esse dogma de que temos de encontrar o homem ideal para termos sexo, para casar, para ter filhos, parece-me tão actual como o uso de ceroulas. Acredito tanto no homem ideal como no Pai Natal ou no Coelhinho da Páscoa.
Aprendi a valorizar o momento. Apesar de ainda ser um ''work in progress'', acho mesmo que quem vive o momento vive mais e melhor. Estou a consciencializar-me disso aos poucos e a pensar seriamente em seguir a mesma filosofia. Senão vejamos...

Se me apetece gritar, porque hei-de me retrair? Para depois ir para casa frustrada por não o ter feito?

Tendo sempre em mente a máxima que diz que a minha liberdade acaba onde começa a dos outros, porque me parece importante que não nos deixemos cair numa anarquia, acho mesmo que há coisas que não faz sentido serem proibidas ou censuradas. Devemos poder ser nós próprios sem preconceito ou censura: podem haver limites sem haverem limitações.

Começo a acreditar nisso e a seguir essa linha de pensamento. Ainda é cedo para dar os seus frutos, e não é fácil libertarmo-nos de tudo e todos, mas já vejo a luz ao fundo do túnel.

Cá estarei para contar se deu ou não resultado....

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Eu....

Não gosto de estar só.
Não gosto de mentira nem de falsidade.
Não suporto injustiças.
Não gosto de falsos pudores.
Não gosto de frio.
Não gosto de egoísmo.
Não gosto de grelos, tomate nem de lulas.
Não gosto de política nem do politicamente correcto.
Não gosto de acordar cedo nem de gritos.
Odeio que me mintam e fico cega quando me deixam à espera.
AMO DE PAIXÃO O MEU FILHO!
Gosto de arroz de cabidela e maracujá.
Gosto de dançar.
Gosto de humor negro e piadas inteligentes.
Gosto de dormir.
Gosto de Davidoff e Hugo Boss.
Gosto da noite e do silêncio.
Gosto de abraços.
Gosto de sexo.´
Gosto do George Clooney.
Gosto de cuidar de velhinhos.
Não gosto de mim mas gosto que gostem de mim.
Sou assim.
Gostas?